OVERTRAINING é um problema que ocorre quando um atleta faz mais exercícios do que seu corpo é capaz de se recuperar, ao procurar melhorar o seu rendimento em treinos e provas, os atletas exageram no volume da actividade física sem ter o descanso adequado e, para alem disso, tem uma dieta incorrecta.
As consequências, no entanto, vão da ordem muscular, passando por problemas nas articulações, e resultam em danos no sistema imunológico e no aspecto psicológico do atleta.
Acredita-se que a origem do síndrome de overtraining esteja directamente relacionada com a estratégia de treino denominada “teoria da super-compensação”, que assenta no princípio da sobrecarga progressiva.
Esta teoria admite que as reservas energéticas gastas durante o processo de contração muscular são repostas apenas no período de recuperação, ou seja, de descanso.
As causas fisiológicas e metabólicas:
– Elevação do nível do cortisol (hormona que quebra o tecido muscular para forma energia);
– Défice proteico;
– O catabolismo (reações de quebra de moléculas para produzir energia) supera o
anabolismo (reações de síntese de substâncias);
– Stress no sistema nervoso central provocando distúrbios hormonais;
– Tempo insuficiente para reparar os micro-traumas no músculo esquelético provocados pelo exercício.
Problemas que o overtraining traz aos atletas:
– Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência;
– Dor muscular persistente;
– Sensação de fadiga crónica;
– Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico);
– Mudança de humor com quadro de depressão e irritabilidade;
– Queda da resistência imunológica;
– Perda da qualidade do sono.
OVERTRAINING o que é?
O tratamento é claro e consiste em descanso completo de qualquer actividade física de no mínimo uma semana e, a depender da gravidade, pode se prolongar por mais tempo.
Além disso, é necessário que se aumente a quantidade de alimento ingerida, mas sempre mantendo-se a qualidade dos alimentos consumidos. Ao retomar o treino é importante reiniciar de forma mais lenta nos primeiros dias.
A prevenção do overtraining consiste em estabelecer planos no campo alimentar e de exercícios físicos adequados para o ritmo de vida, capacidade física e que sejam coerentes e equilibrados entre si.
Quanto mais intenso é o treino, maior é a necessidade de acompanhamento de um profissional no campo de educação física e no campo de nutrição, profissionais com capacidade técnica e experiência no assunto de atletas de alta performance.
Para prevenção é também importante saber reconhecer quais os sinais precoces que o corpo dá para evitar que ele “quebre” e percamos semanas ou meses de trabalho árduo.
Não respeitar os limites do próprio corpo pode afetar não só o desempenho, mas também a saúde física e psicológica de quem pratica exercícios de alta intensidade.
Overtraining pode ser usada em contextos diferentes. Geralmente é usado para se referir a um processo de treino intenso com consequências de curto prazo.
No entanto, em muitos artigos científicos, o termo “overtraining” também é utilizado para se referir a uma síndrome de etiologia multifatorial, onde o exercício físico excessivo não é necessariamente a única causa do problema.
Fatores como má alimentação, doenças associadas, stresse psicológico (trabalho, estudo, família) e distúrbios do sono também podem estar presentes.
SÍNDROME DE OVERTRAINING
Caracteriza-se por uma diminuição do rendimento desportivo, associada a alterações de humor.
As suas principais causas são erros, na prática, volume excessivo de atividade física sem descanso suficiente, competição excessiva e problemas pessoais e emocionais que levam a um desequilíbrio entre carga e recuperação.
QUAIS SÃO OS SINAIS?
Um dos sintomas mais percetíveis é a deterioração da condição física com perda de força e resistência, mas dores musculares persistentes, sensação de fadiga crónica, alterações de humor com depressão e irritabilidade, alterações hormonais, diminuição da resistência imunológica e perda da qualidade do sono também são sinais de alerta.
Lesões também podem indicar overtraining. E outro sinal muito típico é um aumento significativo da frequência cardíaca em repouso. Este último parâmetro pode até ser usado para diagnósticos.
Atletas de elite e aqueles no “grupo de risco” para overtraining devem criar o hábito de medir a sua frequência cardíaca regularmente, de preferência logo pela manhã ao acordar, e observar qualquer aumento inexplicável.
LEVAR O CORPO ALÉM DOS SEUS LIMITES
As consequências podem ser físicas, musculares e articulares, mas o overtraining também pode causar alterações no sistema nervoso autónomo e hormonal, além de prejuízos psicológicos.
O excesso de treino enfraquece o sistema imunológico e os constipações, tosses e inflamações tornam-se constantes.
Existem também as chamadas lesões por sobrecarga, pequenas lesões que afetam levemente a integridade dos ossos, músculos e tendões, mas tendem a piorar com estímulos repetidos e sem tempo suficiente para cicatrizar e passar pelo processo natural de reparação.
Fraturas por stresse, condromalácia (desgaste da articulação do joelho), tendinopatia e dor intensa na virilha e na região pubiana (pubalgia) também são exemplos das lesões mais comuns por overtraining.
O OVERTRAINING ESTÁ A AUMENTAR?
A incidência da síndrome entre atletas de alto nível vem aumentando significativamente nos últimos anos, responsável pelo crescente interesse dos cientistas em encontrar medidas capazes de prevenir ou tratar essa síndrome.
COMO SUPERAR O PROBLEMA?
O primeiro passo no tratamento é reduzir a carga de treino num limite que o atleta tolere bem. Geralmente, leva de 2 a 4 semanas para se recuperar do overtraining. Durante este período, deve haver uma forte aposta no sono e na alimentação para otimizar a recuperação. Depois disso, o retorno aos treinos deve ser gradual e conforme a avaliação da frequência cardíaca em repouso.
Nos casos mais graves, pode ser necessário interromper atividades físicas e competições. Mas, em geral, se o overtraining for diagnosticado a tempo, sem complicações mais graves, principalmente aquelas causadas por distúrbios hormonais, a condição é felizmente reversível.
Bons Treinos